
Aproveitando o momento, o Instituto de Estudos Avançados (IEA) promoveu nesta terça-feira, dia 21 de março, o seminário ChatGPT: Potencial, Limites e Implicações para a Universidade, que reuniu especialistas das mais diferentes áreas para discutir os potenciais e os limites da nova tecnologia.
“A função deste seminário é catalisar as ideias, fazendo com que cheguem mais rapidamente às altas instâncias da Universidade. No IEA, nós gostamos de debates de alto nível com consequências. Esperamos que, ao final deste dia, possamos gerar um conjunto de propostas para o uso do ChatGPT e assemelhados nas universidades e que isso possa ser apresentado à Reitoria”, explicou o diretor do IEA, Guilherme Ary Plonski, na abertura do evento.
O reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior reforçou a importância do debate. Para ele, “a Universidade precisa participar da discussão sobre a inteligência artificial, precisa ser um ator altamente representativo e capaz de conduzir uma discussão qualificada, levando para a sociedade informações sobre esses mecanismos”, afirmou.
A abertura do seminário também contou com a participação virtual da secretária de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Denise Pires de Carvalho. “As universidades são entidades capazes de transformar, e nós das universidades precisamos nos transformar para atender às demandas da sociedade, para melhorar a qualidade de vida das pessoas com o bom uso da tecnologia. Isso é um desafio enorme, principalmente na área da educação. Precisamos discutir o binômio ensino e aprendizagem, discutir a mudança na formação de professores para que eles sejam capazes de, efetivamente, promover o aprendizado necessário nas diferentes profissões do futuro, que já não é tão longínquo assim”, ressaltou Denise.
O seminário ChatGPT: Potencial, Limites e Implicações para a Universidade reuniu pesquisadores como Fábio Cozman, Glauco Arbix e Demi Getschko, Dora Kaufman, Virgilio Almeida, Naomar de Almeida Filho, Valdir Barzotto, Luciano Digiampietri, Karla Roberta Lima, Eugênio Bucci e Cristina Godoy.
ChatGPT na Saúde
No dia 20 de março, o reitor também participou do simpósio promovido pela Faculdade de Medicina (FM), ChatGPT na Saúde: Impactos no Ensino Médico, na Pesquisa e nos Cuidados com o Paciente.
Realizado no formato on-line, o simpósio apresentou as características da nova tecnologia, sua aplicação na saúde, a influência no ensino e na pesquisa médica, a utilização nos cuidados com o paciente e seus aspectos legais e éticos.
“O ChatGPT é uma ferramenta que precisamos entender. No passado, fizemos vários movimentos contra as máquinas de escrever, contra calculadoras, que se mostraram instrumentos importantes. Se soubermos a lógica do instrumento, conhecermos suas limitações, ele pode ser utilizado para melhorar nossa qualidade de vida, nossas atividades. A inteligência artificial veio para entendermos, conhecermos e, eventualmente, fazer parte da nossa rotina”, afirmou Carlotti.
O simpósio on-line ChatGPT na Saúde: Impactos no Ensino Médico, na Pesquisa e nos Cuidados com o Paciente pode ser visto gratuitamente na página da Faculdade de Medicina no YouTube.