Os núcleos fazem parte do Programa de Apoio à Pesquisa da Reitoria e representam o avanço da Universidade no sentido de melhorar a qualidade de sua produção científica e aumentar seu prestígio dentro e fora do Brasil
Foi com entusiasmo que o pró-reitor de Pesquisa, Marco Antonio Zago, anunciou nesta quinta-feira, dia 30 de junho, o lançamento de 43 novos núcleos de pesquisa, em cerimônia realizada no Anfiteatro Camargo Guarnieri, na Cidade Universitária.
Os núcleos fazem parte da estratégia da Universidade de reestruturar a maneira como a pesquisa tem sido desenvolvida, aumentando a sinergia entre os pesquisadores e disponibilizando um investimento complementar para a produção científica. “Sem a pesquisa, não teremos o ensino de ponta que nós procuramos oferecer. Todos sabemos que a excelência almejada pela USP precisa ser buscada a todo momento”, afirmou o reitor João Grandino Rodas, durante a cerimônia.
Para Rodas, “esse é o ponto mais alto dessa administração até o momento. Com esse investimento, a USP começa a ensinar a si própria e as demais universidades do Brasil que o dinheiro da pesquisa tem que vir também de seus próprios recursos e não depender apenas das agências de fomento”.
A cerimônia também contou com a presença do presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis Júnior, e do professor da Universidade da Califórnia e membro da ABC, José Nelson Onuchic.
Melhores condições para a produção científica
Os núcleos surgiram a partir das 43 propostas selecionadas entre as 122 que se inscreveram para compor o Programa de Apoio à Pesquisa da USP, lançado no começo deste ano, que prevê um investimento de R$ 70 milhões proveniente de recursos da própria USP. Esse é o maior investimento já feito por uma universidade brasileira em um programa de incentivo à pesquisa.
Além de abrangerem temas atuais como bioenergia, nanotecnologia, violência, mudanças climáticas e oceanografia, os projetos aprovados têm como característica principal a interdisciplinaridade.
Com essa iniciativa, a Universidade valoriza a relevância de um tema central e não a área de conhecimento a ser apoiada. “A seleção dessas propostas simbolizou uma retomada das discussões sobre a organização da produção científica e outros temas que são a essência da própria Universidade como pesquisa, ensino e transferência do conhecimento para a sociedade”, avaliou Zago.
Para o pró-reitor, a expectativa é que a interação de competências complementares fortaleça os resultados obtidos e produza maior impacto na comunidade científica.
Cada núcleo receberá uma verba de até R$ 2 milhões e deverá desenvolver o projeto em até dez anos (esse prazo não se aplica aos centros de instrumentação). Os núcleos também terão direito a três bolsas de intercâmbio, providas pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação, para que alunos de doutorado possam realizar atividades de pesquisa fora do país.
(Fotos: Ernani Coimbra)