A USP, a Caixa Econômica Federal e a Sociedade Amigos do Museu Paulista da USP (SAMPA) assinaram, na sexta-feira, dia 26 de novembro, um contrato de patrocínio ao projeto de exposição O Morar Paulistano-1870 aos dias atuais, selecionado no Programa Caixa de Adoção de Entidades Culturais 2008, o qual patrocina projetos que visem à promoção, à preservação e à divulgação de acervos.
No início da cerimônia de assinatura, a diretora do Museu Paulista, Cecilia Helena Lorenzini de Salles Oliveira, falou da importância desta parceria para a realização do projeto. “Esta parceria entre instituições públicas é muito profícua para a promoção da cultura, da divisão científica, valorizando o acervo, que é razão de ser deste Museu”, ressaltou. O superintendente regional da Caixa, Sérgio Henrique Cançado de Andrade, afirmou ser uma honra para a sua Instituição poder participar deste projeto de resgate da história paulistana. “Momento de glória”, foi a expressão usada pelo presidente da SAMPA, Laerte Losacco Toporcov, para descrever como este patrocínio será relevante para a história do Museu Paulista, também conhecido como Museu do Ipiranga.
Aproveitando a ocasião, o reitor João Grandino Rodas destacou o trabalho dos funcionários públicos da USP, em especial os deste Museu, e os da Caixa, dizendo que o empenho de ambos para a viabilização deste projeto de exposição, mostra que é a falsa a ideia que os trabalhadores do setor público não são dedicados. [Com este projeto] “vamos fortalecer o Museu e mudar a ideia antiga que ele era repositário de coisas antigas e velhas, pois ele é também um lugar de ensino e pesquisa”.
Constituição da “casa moderna”
Esta exposição trata das moradias em São Paulo, com foco na constituição da “casa moderna”, em que noções como gosto, conforto, design, higiene e tecnologia serão abordadas do ponto de vista histórico, isto é, como categorias sociais e culturais que se estabeleceram ao longo do século XIX e que, com mudanças, chegaram até os nossos dias. A exposição ocupará as sete salas da ala superior oeste do edifício do museu.
O projeto prevê a renovação do mobiliário expositivo, a aquisição de acervo, além de dispositivos multimídia, e será desenvolvido ao longo de 21 meses – iniciados a partir desta assinatura, com investimento da Caixa de R$ 499.700,00, abertura prevista ao público em maio de 2012, e previsão de permanência por um longo período, cinco anos. Haverá especial investimento também em recursos destinados a garantir a visita à exposição de pessoas com deficiências visuais e auditivas.
“A exposição partiu da pesquisa sobre cotidiano e sociedade até 1920 [estudadas nas teses de doutorado dela e de mais dois professores envolvidos com o projeto, relacionada a uma das três linhas de pesquisa do Museu], mas vai exigir mais trabalho ainda”, lembra a professora Vânia Carneiro de Carvalho, curadora do projeto . Ela diz que o intuito é dialogar, discutir com o passado, fazer o público refletir, fugindo da montagem apenas de ambientes e de estereótipos sobre o assunto abordado.
Com informações da Assessoria de Imprensa da Caixa Econômica Federal – Regional Ipiranga
(Fotos: Ernani Coimbra)