
O impacto social das universidades foi o tema da mesa que contou com a participação do reitor da USP, Vahan Agopyan, na quarta edição do Fórum Métricas Diálogos com a Sociedade, iniciativa que tem como objetivo debater o desempenho acadêmico no ensino superior entre universidades, agências de fomento, governos, empresas, ONGs e a sociedade.
O evento, que busca articular parcerias para revisitar as métricas em uso e conceber novos indicadores, é uma iniciativa do Projeto Métricas de Desempenho Acadêmico e Comparações Internacionais, mantido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e conta com a parceria do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Paulo. A coordenação é do ex-reitor da Universidade e professor sênior da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), Jacques Marcovitch.
O fórum, realizado no formato on-line, foi promovido entre os dias 22 e 25 de fevereiro e debateu temas como prioridades das universidades em 2021, responsabilidade na divulgação dos resultados de pesquisa e governança universitária.
Para debater a responsabilidade das universidades em contribuir com políticas de inclusão social e as iniciativas de maior impacto nessa área, além do reitor da USP, foram convidados os professores Cláudia Costin, da Fundação Getúlio Vargas, que também integra o Conselho Consultivo da USP; Cleópatra Planeta, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp); e Mariano Francisco Laplane, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“As ações de impacto social fomentadas pelas universidades não representam um favor para a sociedade, mas sim uma necessidade das instituições para formar líderes e cidadãos conscientes e para mostrar seu valor para a sociedade. Os alunos devem ser incentivados a atuarem fora dos muros das universidades”, ressaltou Agopyan.
Como exemplo, o reitor citou o programa Aprender na Comunidade, lançado em 2018 pela Pró-Reitoria de Graduação para apoiar as ações de estudantes da USP nas comunidades, reunindo diferentes competências e habilidades e ampliando a interação com a população.
Agopyan também falou sobre a dificuldade das instituições em mensurar como esse tipo de atividade impacta a sociedade. “Nosso Escritório de Gestão de Indicadores de Desempenho Acadêmico [Egida] está em uma fase exploratória para buscar estabelecer métricas universais para quantificar essas ações”, explicou.