Depois de passar por quatro campi – Ribeirão Preto, Pirassununga, Bauru e São Carlos, onde já foi visitada por mais de 13 mil pessoas, a exposição itinerante USP 90 anos: uma jornada imersiva pelos nossos Museus chegou a Piracicaba e foi aberta oficialmente para o público no dia 2 de outubro, com uma cerimônia que reuniu cerca de 200 pessoas, entre dirigentes, imprensa, comunidade universitária e representantes de diversos setores da sociedade.
A mostra foi criada especialmente para as comemorações dos 90 anos da USP e, para isso, contou com um trabalho de curadoria de seus quatro museus estatutários: o Museu de Arte Contemporânea (MAC), o Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE), o Museu Paulista (MP) e o Museu de Zoologia (MZ). Cada uma dessas instituições participa com conteúdos em diversas formas. Há objetos originais dos acervos e outros são levados em formato de réplica, devido aos seus valores inestimáveis e à impossibilidade de transportá-los em uma viagem. Entre essas peças, o público poderá conhecer fósseis, obras de arte, achados arqueológicos e objetos históricos. O destaque é para a solução tecnológica, desenvolvida pelo Centro de Inovação da USP (InovaUSP), que recriou ambientes inteiros em imersão digital, permitindo que os visitantes sejam transportados virtualmente para diferentes lugares, como os próprios museus ou, por exemplo, um sítio arqueológico. A proposta é que a iniciativa passe por todos os campi da Universidade até o próximo aniversário da USP, em janeiro de 2025.
Na cerimônia de abertura, o coordenador da iniciativa, Hussam El Dine Zaher, que também é o pró-reitor adjunto de Cultura e Extensão Universitária, celebrou o sucesso da iniciativa: “Estamos iniciando a quinta etapa deste projeto com números bastante expressivos e uma presença muito marcante por cada um dos locais por onde passamos. Temos tido uma procura grande não apenas por parte da comunidade USP, mas também do público espontâneo e das escolas. No caso das visitas em grupo, já recebemos mais de 170 escolas diferentes, de 20 municípios, mostrando como estes conteúdos têm um potencial para extrapolar as cidades que estão sediando a proposta. Em todos os lugares, conseguimos preencher 100% dos horários disponibilizados para agendamento”, pontuou, agradecendo às comissões de Cultura e Extensão (CCEx) das Unidades da USP no interior pelo papel imprescindível que têm desempenhado na organização e divulgação locais, bem como o recebimento do público.
A vice-reitora da USP, Maria Arminda do Nascimento Arruda, disse estar muito satisfeita com o resultado do projeto, especialmente por ser uma socióloga da cultura. “Tenho atuado muito no sentido de dizer que a Universidade tem um acervo e iniciativas no campo da cultura que a tornam uma das mais importantes do mundo nessa área. Nossos museus têm conteúdos que nem sempre encontram equivalentes em outros equipamentos do mundo, e trata-se de uma riqueza que não se restringe ao acervo, mas é também de pesquisa e de produção de conhecimento. No entanto, nem sempre nos damos conta, pois a USP, com 90 anos, é uma instituição ainda jovem se comparada às grandes instituições mundiais, entre as quais já nos encontramos. Esta exposição é uma pequena amostra da revelação dessa riqueza que a USP detém e de como ela cria uma convivência heterogênea entre cultura e pesquisas de ponta que faz a nossa universidade ainda mais grandiosa”, afirmou a dirigente.
Já o prefeito do campus Luiz de Queiroz, Luciano Mendes, lembrou o sociólogo francês Pierre Bourdieu: “Para ele, havia obstáculos no acesso aos museus por parte de alguns setores da população. Com uma iniciativa assim, itinerante, que leva os conteúdos até onde as pessoas estão, barreiras são quebradas, garantindo a popularização da cultura e seu acesso a todos. Estamos muito felizes em poder receber esta iniciativa no campus”.
Participaram também da solenidade de inauguração a diretora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), Thais Vieira; o diretor do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), Ernani Pinto Junior; o presidente da Comissão de Cultura e Extensão da Esalq, Iran Oliveira; e os diretores do MAC, José Lira; do MP, Paulo Garcez; e do MZ, Marcelo Duarte, entre outras autoridades acadêmicas e representantes do governo municipal.
A visitação é gratuita e pode ser feita até o dia 31 de outubro, de segunda-feira a sábado, das 9h às 18h, no espaço conhecido como “Jumbão” do Departamento de Ciência e Tecnologia dos Alimentos da Esalq, localizado na Alameda dos Alecrins. Mais informações podem ser obtidas no site expomuseus90anos.usp.br, onde também é possível fazer o agendamento para visitas de grupos e escolas.
A próxima parada da exposição será no campus de Lorena, onde estará em cartaz no período de 13 de novembro a 14 de dezembro.
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