No dia 9 de junho, o Comitê Gestor, responsável pelo projeto de restauração do Museu do Ipiranga, promoveu um encontro virtual com representantes das empresas patrocinadoras para apresentar os avanços na reforma do edifício-monumento. Esta foi a terceira reunião realizada com o grupo.
Com duração de 30 meses, a obra deve custar cerca de R$ 139,5 milhões e é patrocinada via Lei de Incentivo à Cultura pelas seguintes empresas: Banco Safra, Bradesco, Caterpillar, Comgás, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), EDP, EMS, Honda, Itaú, Vale, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Grupo Ultra Ipiranga e Pinheiro Neto Advogados. Conta, ainda, com a parceria da Fundação Banco do Brasil e da Caixa.
“Gostaria de agradecer pelo empenho de nossos parceiros nesse projeto. Mesmo nesse período da pandemia da covid-19, as obras de restauração tiveram continuidade, com a adoção de todos os protocolos de segurança e de saúde, e estão dentro do cronograma estabelecido”, destacou o reitor Vahan Agopyan.
O secretário Estadual de Cultura e Economia Criativa, Sérgio de Sá Leitão, afirmou que “este é nosso projeto mais emblemático no campo da cultura e estamos envidando todos os esforços para que o cronograma seja cumprido e a obra concluída até o início de 2022 e possamos inaugurar o novo museu em setembro a tempo da celebração dos 200 anos da independência do país”.
O governador de São Paulo, João Doria, também enfatizou a colaboração dos patrocinadores no projeto. “Mesmo com a pandemia, todas as empresas parceiras mantiveram o acordo firmado ano passado e as obras de restauração não foram interrompidas”, disse.
Já no início do evento os cerca de 50 participantes do encontro tiveram a oportunidade de assistir a um vídeo sobre o andamento das obras, seguido de esclarecimentos do superintendente do Espaço Físico da USP, Francisco Ferreira Cardoso.
Exposições programadas
Outro tema que fez parte da pauta da reunião foi planejamento das exposições que ocuparão os 5.456 metros quadrados de área e 43 ambientes dedicados a esse fim.
A professora Vânia Carneiro de Carvalho, que coordena o Grupo Executivo de Museologia, apresentou as diretrizes que guiarão as futuras exposições, que vão abordar questões históricas ligadas à formação da nação brasileira, a disputa de territórios, a paisagem urbana e os ambientes doméstico e do trabalho, com itens do próprio acervo e também emprestados de outras coleções.
No que se refere às ações culturais e de divulgação, a diretora do museu, Solange Ferraz de Lima, explicou que, em função da pandemia, as tradicionais festividades do dia 7 de setembro serão substituídas por uma campanha digital, que deverá envolver toda a sociedade. Nesta ação, o público receberá uma série de “presentes” do Museu, como podcasts, visitas em realidade virtual e videoclipes.
O coordenador do Escritório de Desenvolvimento de Parcerias da USP, Rudinei Toneto Júnior, finalizou a apresentação com dados do relatório de execução financeira e informações atualizadas sobre os recursos já captados. Segundo ele, o principal desafio do projeto agora é manter o fluxo de caixa para cumprir os compromissos da obra.
De acordo com o reitor, os recursos já estão garantidos pela lei e assegurados pelas empresas, mas um possível desencontro entre o ritmo das obras e as datas dos aportes poderia comprometer o calendário de entrega do edifício.
O Museu do Ipiranga
Inaugurado em 7 de setembro de 1895, como museu de História Natural e monumento à Independência do Brasil, o Museu do Ipiranga integra a USP desde 1963. Foi fechado para visitação do público em 2013 e a expectativa é que seja reaberto em setembro de 2022, para a celebração do bicentenário da Independência do Brasil.
Ao seu término, o museu estará completamente renovado e ampliado. O edifício seguirá as normativas atuais de infraestrutura, acessibilidade, sustentabilidade e segurança, com equipamentos especiais para a prevenção de incêndios.