.A Orquestra Sinfônica da USP (Osusp) dará continuidade, neste fim de semana, ao seu projeto de realizar, na temporada 2019, concertos com abordagem historicamente orientada. Neste sábado, dia 18, às 21 horas, na Sala São Paulo, ela fará um concerto formado exclusivamente por obras do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791).
“Em linhas muito gerais, esse tipo de abordagem é uma técnica interpretativa que busca se aproximar da maneira e do estilo da época em que as obras foram originalmente compostas”, explica Mayra Moraes, vice-diretora da orquestra. “O desafio da Osusp é aplicar os aspectos técnicos e estilísticos desse tipo de performance utilizando instrumentos modernos.” Os ingressos para o espetáculo estão à venda através deste link..
.Na ocasião, a regência estará a cargo do maestro e violinista Luis Otávio Santos. Reconhecido internacionalmente, Santos foi um dos principais solistas da prestigiada orquestra belga La Petite Bande. Formado no tradicional Conservatório Real de Haia (Holanda), ali desenvolveu seus estudos sobre música historicamente orientada.
Os solos de violino serão executados por Cláudio Micheletti, violinista spalla da Osusp e da Orquestra Experimental de Repertório. Já o músico Gabriel Marin, integrante do Quarteto Carlos Gomes e da Osusp, realizará os solos de viola.
A primeira obra da noite será Abertura Idomeneo, composta em 1780, primeiro movimento da ópera de mesmo nome. Nela o ainda jovem Mozart aborda o mito grego de Idomeneu, o rei de Creta que enfrentou a ira dos deuses ao não cumprir uma promessa que fez quando estava prestes a morrer.
A programação se sucede com a performance de duas sinfonias. A primeira é a Sinfonia Concertante para Violino e Viola em Mi Bemol Maior, de 1779, uma das obras-primas da juventude de Mozart, que representa o estilo de sua época em uma estrutura sinfônica com elementos de concerto. Mozart a compôs quando teve que retornar de Paris à sua cidade natal, Salzburgo, logo após a morte de sua mãe.
Encerrando o espetáculo, será executada a obra Sinfonia Nº 41 em Dó Maior, conhecida como Sinfonia Júpiter, de 1788. Escrita três anos antes de Mozart morrer, com apenas 35 anos, foi a sinfonia mais extensa que compôs, embora feita muito rapidamente, em questão de semanas. Tida como uma das mais grandiosas obras de Mozart, o fato de carregar o nome de “Júpiter” – o mais poderoso dos deuses romanos – não é atribuído ao compositor, mas sim ao empresário alemão Johann Peter Solomon. No entanto, a obra faz jus ao nome e foi um dos marcos de transição para o Romantismo musical que se desenrolou após a morte de Mozart.
O concerto da Orquestra Sinfônica da USP (Osusp) será realizado neste sábado, dia 18 de maio, às 21 horas, na Sala São Paulo (Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos, em São Paulo). Os ingressos custam de R$ 15 a R$ 50 e podem ser comprados através deste link. Pessoas acima de 60 anos e estudantes pagam meia-entrada. Estacionamento: R$ 28,00 (1.388 lugares). Mais informações: (11) 3091-3000.