Ao contrário do que muita gente pensa, não foi exatamente Thomas Edison quem inventou a lâmpada elétrica. As primeiras formas de produzir luz, através da eletricidade, foram as lâmpadas a “arco elétrico” e o primeiro relato de sucesso de um experimento de iluminação elétrica foi em 1809, quando o químico inglês Humphry Davy criou um arco luminoso a partir de uma tira de carbono e uma bateria, quando Edison nem era nascido. Mas foi em 1879 que o inventor norte-americano criou a primeira lâmpada incandescente viável comercialmente e tornou-se popular. Hoje isso é, literalmente, coisa do passado.
A princípio a incandescência da lâmpada de Edison era obtida através do carvão, que foi substituído pelo tungstênio. Encontrar um filamento que emitisse luz sem se deteriorar rapidamente foi o seu maior desafio. Outra tecnologia alternativa à lâmpada incandescente foi a lâmpada fluorescente feita com gás argônio e mercúrio, criada por Nikola Tesla. E a lâmpada fluorescente já era mais eficiente que a lâmpada incandescente.
Mas o atual estado da arte da iluminação se deu com a invenção das lâmpadas de diodo emissor de luz, as conhecidas lâmpadas de LED, criadas na década de 1960, por Robert Biard e Gary Pittman. Na década de 1980 a tecnologia LED já permitia uma série de aplicações com variações de intensidade e cores.
O LED é consideravelmente mais eficiente e flexível, sendo de fácil controle de luminosidade e cores, permitindo a criação de cenários luminosos que anteriormente só eram possíveis com projetos de iluminação mais complexos e caros. Hoje é possível comprar uma lâmpada smart LED e controlar a lâmpada, via wi-fi pelo celular ou assistentes de automação doméstica.
Outras lâmpadas surgiram com o passar do tempo, como a halógena, uma variação da lâmpada incandescente. Já a lâmpada de néon, antigamente usada em letreiros e decorações, podia alterar a sua cor de acordo com o gás utilizado no bulbo da lâmpada. A lâmpada de vapor de sódio e variações, como a lâmpada de vapor mista, são mais econômicas que as incandescentes, mas devido ao custo e necessidade de reator são mais viáveis para aplicações de maiores potências, como a iluminação de praças públicas, vias públicas e ambientes externos em geral.
A Série Energia tem apresentação do professor Fernando de Lima Caneppele (FZEA), que produziu este episódio com o doutorando Murilo Miceno Frigo, professor do Instituto Federal do Mato Grosso do Sul. A coprodução é de Ferraz Junior e a edição da Rádio USP Ribeirão. Você pode sintonizar a Rádio USP Ribeirão Preto em FM 107,9, pela internet em www.jornal.usp.br ou pelo aplicativo no celular para Android e iOS.