O Parque da Independência, na zona sul de São Paulo, foi fechado após um macaco que estava infectado com o vírus da febre amarela ser encontrado morto. Marcos Boulos, professor titular do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina (FM) da USP e coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde de São Paulo, falou sobre o risco de contágio no Estado e revelou que a vacina contra a doença entrará para o calendário nacional de vacinação.
O professor explica que a espécie do macaco que foi encontrado no Parque da Independência, um mico, não é grande transmissor da febre amarela. Na opinião do especialista, a morte do animal deve ter sido causada por outro motivo, como queda ou choque, e não pela doença. A contaminação para os mosquitos transmissores também é pequena. Entretanto, atualmente, em todas as áreas de mata do estado de São Paulo existe a circulação do vírus da febre amarela. Portanto, todas as pessoas devem estar prevenidas para a possibilidade de adquirir a doença, e essa prevenção se dá através da vacina.
Marcos Boulos comenta que o alcance durante a campanha de vacinação foi menor do que o esperado, atingindo apenas 57% da meta. Ele esclarece que a população não deve deixar de se vacinar pelo medo da reação. O risco de morte por alguma reação é de 1 para 1 milhão, ou seja, é muito mais arriscado ter algum problema tendo a doença do que tomando a vacina. Segundo o professor, a doença veio para ficar. Por esse motivo, a vacina contra a febre amarela fará parte do calendário nacional de vacinação a partir do ano que vem.
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