Veículos autodirigíveis têm ganho cada vez mais espaço nas pesquisas de grandes empresas. Waymo, Tesla e até mesmo a Google desenvolveram seus protótipos. Na Datacracia de hoje, o professor Luli Radfahrer reflete sobre esse novo ramo do mercado automobilístico e suas aplicações sobre o contexto brasileiro.
O investimento das empresas em carros automatizados seria uma estratégia para recuperar consumidores que têm trocado veículos individuais pelo transporte público ou meios alternativos de locomoção. “É uma indústria enorme e uma quantidade enorme de pessoas está optando em não ter carro.”
Mas e ônibus e caminhões? Para o professor, certamente esses veículos serão automatizados, apesar da discussão mínima sobre essas categorias.
Ele defende a aplicação da tecnologia em carretas, modelos maiores de caminhão que predominam nas rodovias. Porém, essa mudança exigiria cautela. “É um país com quantidade enorme de gente que necessita da indústria do caminhão – prejudica a comunidade que vive em torno desse negócio e do sistema social que depende dessa estrutura.” Municípios pequenos e do interior ainda dependem desse ramo e, consequentemente, do caminhoneiro, para sustentar a economia local.
“No Brasil, a gente tem que tomar cuidado com a tecnologia. Bem ou mal, ela está apoiada em uma estrutura social”, afirma Radfahrer.
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