A luta contra as fake news, palavra do ano de 2017 pelo dicionário britânico Collins, uniu um grupo de 24 veículos de imprensa para atuar no seu combate durante as eleições brasileiras deste ano. Denominado de Comprova, o projeto da plataforma foi inspirado no CrossCheck, iniciativa semelhante realizada na campanha eleitoral presidencial da França, em maio do ano passado. O Comprova entrar no ar em 6 de agosto. Para esclarecer mais sobre o que incentivou a criação dessa plataforma, o Jornal da USP no Ar conversa com Eugênio Bucci, professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP e colunista do jornal O Estado de S. Paulo.
Hoje, os termos fake news e mentira são usados como sinônimos, mas, de acordo com o professor, isso não deveria ocorrer, por que fake news são informações falsas expostas em forma de jornalismo com a intenção de interferir na opinião pública. Bucci define a expressão inglesa como “jornalismo falsificado”.
Para Bucci, só o jornalismo profissional pode combater a indústria das fake news. E embora elas sejam criadas por grupos que possuem intenções diversas, quem as propaga é o cidadão comum, o que pode ter consequências devastadoras. “O compartilhamento de fake news é pior do que dar comida estragada para uma família. A comida pode afetar a saúde, mas as fake news podem afetar o destino de uma sociedade”, conclui.
Jornal da USP no Ar, uma parceria do Instituto de Estudos Avançados, Faculdade de Medicina e Rádio USP, busca aprofundar temas nacionais e internacionais de maior repercussão e é veiculado de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 9h30, com apresentação de Roxane Ré.
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