“Síndrome do fim do ano” está de volta com o mês de dezembro

Christian Dunker explica porque a proximidade das festas de Natal e Ano Novo causa sentimentos conturbados e contrastantes, que às vezes se misturam

 16/12/2022 - Publicado há 2 anos
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As festas familiares nos remetem a pessoas que já partiram e não fazem mais parte daquela comemoração – Foto: Pixabay
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É só começar dezembro e chega aquela sensação de que o ano está terminando. O desespero, a ansiedade do fim de um ciclo se mistura com a chegada de um novo ano, que promete a realização de sonhos e desejos. As emoções se juntam: alegria e tristeza convivem e algumas vezes surge a depressão, tudo misturado a uma sensação de que o tempo não é suficiente para atender a todas as demandas desse período. Mas será que isso não se resume apenas a uma sensação, para a qual já se escolheu até um nome: dezembrite, a síndrome do fim de ano? 

Christian Dunker – Foto: Divulgação

O psicanalista Christian Dunker , professor do Departamento de Psicologia Clínica do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, nos ajuda a entender o que acontece nesse período. Ocorre um rompimento com o que vivemos nos últimos 11 meses. As festas familiares nos remetem a pessoas que já partiram e não fazem mais parte daquela comemoração, motivo mais do que suficiente para um quadro de depressão. A expectativa de novos planos se mistura com as frustrações dos planos que não foram concretizados.

Viagem interior

Além de tudo isso, dezembro é aquele momento de voltar para casa, para sua cidade, rever familiares e amigos, mas não só um retorno físico, mas para dentro de si mesmo. 

O especialista da USP explica que, para conviver com essa catarse de sentimentos, em apenas 30 dias do ano, é importante desenvolver a tolerância consigo mesmo e principalmente com o outro. A dica é saber que esse período é importante, mas passageiro. Logo ali tem mais 12 meses lhe esperando, repleto de possibilidades para viver e ser feliz. 


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