A quarentena, que impôs o isolamento social e o fechamento provisório das atividades econômicas, terá reflexo direto no PIB, o Produto Interno Bruto. Há especialistas que calculam um recuo na ordem de 5% na taxa de crescimento econômico.
No âmbito municipal de Ribeirão Preto, ou mesmo regional, os dados em relação ao Brasil são defasados, segundo o professor Luciano Nakabashi, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP. Mesmo assim, o professor acredita que os reflexos locais tendem a acompanhar o que ocorre no âmbito nacional.
A crise deverá ser atenuada com ajuda do governo federal, que totaliza R$ 500 bilhões no combate ao novo coronavírus e que inclui R$ 48 bilhões em ajuda a Estados e municípios que sentirão os efeitos da queda na arrecadação. Para o professor, cortar gastos (desde já) e buscar parcerias com a iniciativa privada (quando a situação melhorar) podem ser soluções para a manutenção das contas municipais.
No âmbito da iniciativa privada, Nakabashi acredita que os maiores impactos negativos serão sentidos no comércio, nos serviços e no setor sucroalcooleiro, os três carros-chefes da economia regional. Ainda assim, o professor defende a quarentena, que prevê o isolamento social, com o fechamento das atividades econômicas não essenciais.
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