Circularam nos Estados Unidos notícias falsas que diziam que o filtro solar, caso usado diariamente ou com frequência, poderia causar câncer devido ao potencial tóxico de químicos que seriam absorvidos pela pele. Estudos da agência federal Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, apontaram que avobenzona, octocrileno, ecamsule e oxibenzona, ingredientes usados na composição, estavam acima do comum. Patrícia Maia Campos, professora da área de medicamentos e cosméticos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, explica que, apesar da pesquisa, ainda não há informações conclusivas sobre o risco cancerígeno e que isso é algo a ser ainda estudado.
A professora explica que a legislação seguida pelo Brasil para a produção de filtros solares mantém os padrões europeus. Devido ao alto índice UV do País, a Sociedade Brasileira de Dermatologia diz que o produto deve apresentar pelo menos fator 30 e ter hidrorresistência, formando assim uma película na pele e ampliando a proteção. Além disso, deve haver um toque mais seco para se manter na superfície, pois quanto mais oleoso maior a penetração na pele.
Substitutos para o filtro convencional já estão sendo estudados, utilizando ingredientes naturais, como algas. Tais pesquisas são foco, inclusive, na Universidade. A pesquisadora acredita que novos filtros surgirão devido ao alto investimento e diz que a nanotecnologia é o futuro que possibilitará a diminuição de algumas substâncias, mantendo o fator de proteção solar alto sem apresentar riscos à saúde dos usuários.
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