O primeiro boletim Pílula Farmacêutica desta semana, explica o que são os antidepressivos inibidores da monoaminoxidase e quais são os seus efeitos colaterais. Existem diversas classes de medicamentos antidepressivos para suprir as diferentes deficiências de neurotransmissores dos pacientes, como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina causadas pela depressão.
Entre as classes estão os antidepressivos inibidores da monoaminoxidase, uma enzima que atua na serotonina, noradrenalina e também na dopamina. Por agir em diversos neurotransmissores foi a primeira classe desses medicamentos a ser utilizada. Entretanto, esse tipo de remédio causa problemas de interações com a tiramina, uma substância comum em vários tipos de queijos, carnes e bebidas alcoólicas, resultando em crises de hipertensão. Por esse motivo, o uso dessa classe de antidepressivo é bastante limitada atualmente.
Quando respeitado o perfil de interação medicamentosa e alimentar, são remédios muito eficazes, em alguns casos até mais do que outras classes de antidepressivos. Os medicamentos antidepressivos inibidores da monoaminoxidase mais conhecidos são Selegilina, Moclobemida e Iproniazida e seus efeitos adversos mais comuns são agitação, ansiedade, irritabilidade, tontura, dor de cabeça, boca seca, náusea, vômitos, diarreia e constipação.
O boletim Pílula Farmacêutica é apresentado pelos alunos de graduação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP, com supervisão da professora Regina Célia Garcia de Andrade. Trabalhos técnicos de Luiz Antonio Fontana.
Ouça acima, na íntegra, o boletim Pílula Farmacêutica.