A proliferação das chamadas redes sociais – blogs, sites, Facebook, etc. – tem sido uma das causas mais eficazes da corrosão das democracias.
Paradoxal? Nem tanto, se considerarmos que são elas, as redes sociais, as principais disseminadoras de falsas notícias. Durante o processo eleitoral americano, mentiras e calúnias foram muito mais lidas, replicadas e influentes na formação da opinião pública que o noticiário tradicional, submetido, ao menos, ao critério de verossimilhança. O Facebook, dizem, foi o grande eleitor de Trump.
Na era da pós-verdade, como bem definiu o dicionário Oxford, o sensacionalismo, a irresponsabilidade, a mentira crassa, calúnia e distorções chegaram a seu ápice, vejam bem, na preferência do leitor (ou visualizador), atualmente mais atraído por escândalos tuitados do que propenso à monótona tarefa de ler, destrinchar e comparar fatos e análises.