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Em nota técnica, o Observatório da Covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela a importância de vacinar as pessoas responsáveis pelo cuidado do idoso, seja trabalhador de instituições de longa permanência, cuidadores familiares ou contratados. Cuidadores, geralmente, não residem no local de trabalho, portanto precisam se locomover e são expostos aos riscos de contaminação por covid-19. Devido ao risco, o documento propõe que os profissionais sejam priorizados independentemente do registro em carteira.
Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, a professora Yeda Duarte, da Faculdade de Saúde Pública da USP e coordenadora do Estudo Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (Sabe), informa que é preciso haver prioridade dentro das prioridades quando se trata de vacinação contra a covid-19. Os idosos mais vulneráveis, independentemente da idade, devem estar no início da fila. Junto a eles, os cuidadores, sejam familiares ou contratados, também precisam receber a dose do imunizante, porque são expostos ao risco de contaminação e consequentemente podem carregar o vírus até o paciente.
Cuidadores contratados nas residências
Segundo a nota técnica da Fiocruz, apesar de os cuidadores contratados já terem prioridade para receber a dose do imunizante, os profissionais que atuam nas residências e nem sempre possuem registro em carteira não foram considerados. Para Yeda, é essencial que esses profissionais sejam vacinados para que os idosos vulneráveis sejam de fato protegidos.
“Os cuidadores que trabalham em instituições foram colocados como prioridade nessa primeira fase de vacinação dos idosos, porque circulam e podem levar o vírus para dentro da instituição onde moram as pessoas vulneráveis. Agora não foram colocados em evidência os cuidadores familiares. Para proteger um grupo é preciso proteger também o entorno, os mais próximos”, disse a professora.
O documento propõe priorizar os idosos independentemente da faixa etária e também aqueles com dificuldade de locomoção. Segundo Yeda, há pessoas vulneráveis em diferentes idades e, portanto, precisam receber o imunizante o mais rápido possível. “Dentro do grupo [de idosos] pode haver pessoas mais vulneráveis e mais sujeitas a desenvolver formas mais graves [da doença] independentemente da faixa etária idosa. Uma pessoa de 80 anos pode estar muito bem e uma pessoa de 65 não, porque já é limitado funcionalmente e mais vulnerável”, finaliza.
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