Mortalidade por aids no Estado de São Paulo caiu 77,7% entre 1995 e 2021

A taxa de óbitos continua maior entre homens, contudo a diferença entre os gêneros vem diminuindo com o tempo

 27/09/2023 - Publicado há 10 meses
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Fotomontagem com fotos Freepik
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Em 1995, a aids atingiu seu maior patamar no Estado de São Paulo. Naquele ano, 7.739 pessoas faleceram, sendo 5.850 homens e 1.889 mulheres. Desde então, o índice de mortalidade da doença tem diminuído. Em 2021, ocorreram 1.719 mortes, com 1.237 na população masculina e 482 na população feminina, representando uma queda relativa de 77,7% nas fatalidades.

Gráfico com base na série histórica das estatísticas do Registro Civil
produzidas pela Fundação Seade – Imagem: Fundação Seade

Análise

As mortes foram sempre maiores entre os homens, com razão de sexo de seis homens para cada mulher, em 1990. Com o decorrer do tempo, essa razão diminuiu e, em 2021, chegou a 2,6. Além disso, a idade média no momento do óbito mudou drasticamente. No início da década de 1990, quase 90% das pessoas que faleceram devido à aids tinham menos de 44 anos. Em 2021, esse número diminuiu para 60%, indicando que a maioria dos falecidos tinha mais de 45 anos.

Segundo pesquisa da Fundação Seade, todas as regiões paulistas apresentaram queda nas taxas de mortalidade por aids. No Estado, para cada 100 mil habitantes, foram 22,9 óbitos em 1995 e 3,8 óbitos em 2021. A introdução de novos tratamentos e a melhoria na qualidade de vida dos portadores da doença explicam as mudanças positivas que o Estado de São Paulo teve nessas quase três décadas. 

As maiores taxas continuam sendo as da Baixada Santista, mas a região segue na mesma direção e no mesmo ritmo do restante do Estado. Teve 43,5 óbitos por 100 mil, em 1995. E 6,8 óbitos, em 2021.

*Sob supervisão de Paulo Capuzzo

Boletim Panorama Paulista é uma parceria Rádio USP e a Fundação Seade
Produção: Paulo Emira
Co-produção - Cinderela Caldeira, Tulio Shiraishi, Julia Estanislau
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