Recentemente, um livro publicado pelo Centro de Estudos da Metrópole (CEM) da USP recebeu menção honrosa no 6º Prêmio Abeu – Associação Brasileira das Editoras Universitárias em 2020. A obra As políticas da política: desigualdades e inclusão nos governos do PSDB e do PT, organizada por Marta Arretche, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP, pesquisadora do CEM-USP, Eduardo Marques e Carlos Aurélio Pimenta de Faria, busca traçar o conjunto de políticas públicas inclusivas utilizadas pelos governos do PSDB (1994 a 2002) e do PT (2003 a 2015), políticas estas previstas na Constituição de 1988.
O livro conta com 16 artigos que passam por assuntos como agenda de proteção social, políticas de redistribuição de renda, políticas na educação, saúde, entre outros. De acordo com a professora Marta Arretche, a ideia foi abranger o máximo de áreas relevantes possível para a produção de políticas inclusivas, com todos os artigos tendo a mesma estrutura. Ou seja, o leitor terá uma fonte organizada de explicação, de descrição e análise das trajetórias de cada uma dessas políticas no período democrático recente. O livro se concentra nos governos PSDB e PT devido à sua estabilidade política, com programas duradouros, com narrativa política sobre o próprio governo, além da implantação de políticas estáveis. Apesar dessas semelhanças, há um artigo específico no livro que mostra que ambos os partidos tinham programas e estratégias diferentes, com o PSDB focando mais na promoção do emprego e o PT nas políticas estatais.
A ruptura completa de uma política inclusiva que está dando certo pode ter consequências desastrosas, sendo que o mais correto seria o acúmulo de experiências daquilo que deu certo, sem perder aspectos importantes já conquistados. Marta aproveita a oportunidade para falar da importância do Censo Demográfico, pesquisa realizada a cada dez anos. “O censo no Brasil é importante, pois é a oportunidade que os países têm de mapear a população, mas não é só contar… é saber onde as pessoas estão, que atributos elas têm, sob quais condições elas vivem e assim por diante”, comenta a professora sobre a possibilidade de não haver censo nos próximos anos, o que prejudicaria o planejamento das políticas públicas de forma duradoura.
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