Uma pessoa com 60 anos ou mais com um imóvel quitado em seu nome pode entregá-lo para um banco e, em troca, receber uma renda mensal vitalícia.
Essa modalidade tem sido cada vez mais usada em outros países, como Estados Unidos, Reino Unido e Austrália. Agora, o Brasil estuda regulamentar a prática, chamada de hipoteca reversa. A medida ajuda a melhorar a receita dos idosos.
Quando o idoso falece, o imóvel fica para o banco e a dívida é quitada. Se atingir um valor mais alto que o recebido, a quantia é dividida entre os herdeiros.
O professor Alberto Borges Mathias, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, explica que a hipoteca reversa surge no Brasil como uma forma complementar aos ganhos da Previdência Social.
Sobre os prováveis riscos que a iniciativa pode oferecer, Mathias diz que ainda é difícil prever, pois a medida não foi devidamente normalizada no País. Entretanto, ele acredita que, se houver perigos, estes serão solucionados por meio de seguros.
O professor ainda diz que a hipoteca reversa beneficiaria em maior parte as classes mais altas. Para que isso mude e as classes mais baixas possam ser incluídas, será necessária a consolidação do direito sobre a propriedade no País. Ouça a entrevista no link acima.