
Neste sábado (7), das 9h às 15h, o Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina (FM) da USP promoverá a 25ª edição da Campanha de Prevenção ao Câncer de Pele. O evento ocorre em face ao Dezembro Laranja, mês da prevenção ao câncer de pele, e oferecerá atendimento gratuito, esclarecendo dúvidas sobre diagnóstico, prevenção e tratamento, além de conceder atendimento com dermatologistas voluntários às primeiras 500 pessoas que chegarem ao local. Para Nelson Marcos Ferrari, chefe de cirurgia dermatológica do HC, é extremamente importante que o câncer de pele seja discutido. “Quando a gente tem um recurso tão poderoso para falar de prevenção de um tipo de câncer comum, a gente precisa enfatizar muito que tem como prevenir isso”, afirma.
Sinais
O médico explica que, por tratar-se de um câncer em superfície corporal externa, o câncer de pele é mais facilmente detectável do que outros tipos de tumor. Por isso, é necessária a atenção a feridas que não cicatrizam e manchas escuras repentinas que aparecem na superfície da pele. “São duas coisas básicas que a gente tem que passar para a população de maneira simples. Então, uma ferida que não cicatriza, passam-se dois, três meses e não melhora, bom, já chegou a hora de ver um especialista. E as manchas novas escuras, principalmente para o preto, também devem ser examinadas pelo especialista. Essas duas orientações básicas, fundamentais, ajudam muito”, complementa.
Sobre a incidência do câncer e fatores que levam um paciente a desenvolver a doença, Ferrari afirma que todos precisam estar atentos e prevenir a alta exposição à luz solar em horários inadequados, principalmente sem a proteção adequada. Entretanto, ele especialmente chama a atenção para pessoas de pele clara, que não possuem a proteção da melanina e que trabalham ou passam muito tempo expostas ao sol.
“Todo mundo tem que ficar atento, obviamente, as pessoas que se expõem muito ao sol também, mas hoje a gente fala se expor ao sol. Hoje, qualquer pessoa pode estar exposta ao sol e precisa se proteger. Quem se expõe ao sol no trabalho são as pessoas que mais correm riscos e as pessoas de pele clara, as pessoas que não têm a proteção natural da melanina, como os asiáticos, como os negros. Então, os brancos que trabalham ao sol realmente são as pessoas mais expostas. Isso é o fundamental”, finaliza o doutor.
Prevenção
Sobre as medidas de precaução, Ferrari reitera que o câncer de pele é uma doença prioritariamente cirúrgica e que, a partir da identificação, o paciente é direcionado à realização de cirurgias locais e consideravelmente simples. E que, inclusive, os pacientes que tiverem tumores constatados durante o evento terão a possibilidade de programar seus tratamentos no Hospital das Clínicas.
Já para a prevenção cotidiana, o doutor destaca a importância do uso de vestimentas, chapéus e protetor solar. ”Não há coisa melhor na proteção solar do que a vestimenta. Então, um chapéu adequado, porque o boné é limitadíssimo. Roupas de proteção, que não precisam ser roupas sofisticadas, mas que cobrem grande parte da pele é fundamental na prevenção. Além do protetor solar, que vem em segundo lugar. Como um complemento, obedecer o horário adequado à exposição solar.”
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