As primeiras favelas na área central da cidade surgiram na capital na década de 40. Já nas décadas de 70/80, elas migraram para áreas mais periféricas e as ocupações embaixo de viadutos aumentaram. A cidade de São Paulo não comporta o volume de pessoas e famílias necessitando de moradia. O resultado são prédios, terrenos e espaços embaixo de pontes e viadutos sendo invadidos. No entanto, essa falta de alternativa habitacional coloca em risco a vida dessa população de rua. Nabil Bonduki, professor titular de Planejamento Urbano da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, lembra que “baixo de viaduto” não é uma área adequada para a implantação de projetos de habitação, mas pode ter outros usos. Para ele, esses espaços devem ter uma destinação pública. Um equipamento social, de cultura ou que gere renda para o concessionário.
