Na última quarta-feira (15), foi publicada no Diário Oficial da União a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2019, que estabelece diretrizes para a elaboração do Orçamento da União.
O governo deve apresentar ao Congresso Nacional o Projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), que vai detalhar o volume de recursos a serem destinados no ano que vem para cada setor da administração pública.
Na comunidade científica, existe um temor quanto às verbas destinadas para a ciência e tecnologia.
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O Diálogos na USP abordou o tema Ciência, Progresso e Desenvolvimento. Roberto Castro e Luiz Roberto Serrano conversaram com Gildo Magalhães, professor titular do Departamento de História da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, e Hernan Chaimovich, professor titular do Instituto de Química da mesma instituição, e falaram sobre as questões e os problemas ao redor do assunto.
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De acordo com Chaimovich, é difícil comparar a situação atual com as crises enfrentadas em décadas anteriores. O professor destacou o fato de a porcentagem destinada à ciência e tecnologia não variar há um certo tempo e que, perante o atual cenário, “a comunidade tem que apresentar alternativas que aumentem a sua inserção social”.
Para o professor Magalhães, a situação é bastante problemática. Ele afirmou que os avanços conquistados em distintas áreas, como da agricultura e da saúde pública ao longo dos anos, favoreceram para que instituições fortes surgissem.
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Ambos destacaram ainda a força da Universidade de São Paulo. “O investimento nesta Universidade é baixo frente ao que produz para a ciência brasileira”, apontou Chaimovich. “Há mesmo essa falta de propaganda do que nós fazemos e do que podemos ajudar na sociedade brasileira”, disse Magalhães ao ampliar a questão.
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Ouça a íntegra do programa nos links acima.
Esta edição do Diálogos na USP teve apresentação dos jornalistas Roberto Castro e Luiz Roberto Serrano e trabalhos técnicos de Márcio Ortiz. A produção é do Departamento de Jornalismo da Rádio USP.