Dieta alimentar traz benefícios à saúde e no tratamento de doenças

Mudar a rotina alimentar é desafiador, sendo benéfico também para o metabolismo, mas é preciso que a pessoa conheça bem os seus hábitos alimentares, dentro e fora de casa

 04/04/2022 - Publicado há 3 anos
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O processo de dieta pode ser complicado e complexo, dependendo dos hábitos alimentares anteriores do paciente – Foto: Piqsels
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Quando se fala em dieta, usualmente se pensa em perder ou manter o peso. No entanto, fazer uma dieta diz respeito também a se manter saudável e regular os hábitos alimentares, e não necessariamente emagrecer ou ficar com o corpo atlético. Uma pesquisa feita pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), de 2018, aponta que cerca de 80% da população brasileira busca ter uma alimentação mais saudável, consumindo mais produtos naturais.

Rosa Wanda Diez Garcia – Foto: Reprodução/Fapesp

A professora Rosa Wanda Diez Garcia, do curso de Nutrição da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, afirma que as pessoas começam uma dieta por diversos motivos, como, por exemplo, questões ideológicas ou prescrição médica, mas, “independentemente do motivo, elas devem realmente se dedicar ao processo de mudança alimentar”.

Ainda segundo Rosa, o processo de dieta pode ser complicado e complexo, dependendo dos hábitos alimentares anteriores do paciente, mas, se  ele persistir, pode trazer grandes benefícios na qualidade de vida. “É necessário que cada pessoa conheça bem seus hábitos alimentares dentro e fora de casa, junto ou longe dos amigos e familiares”, afirma.

Para Rosa, a dieta vai muito além da mudança da rotina alimentar, sendo benéfica também para o metabolismo, digestão e melhora na qualidade do sono. “A dieta é também uma forma de tratamento para doenças crônicas, como a asma, e auxilia no processo de recuperação contra o câncer”, ressalta ela.

Motivação é tudo

Independentemente se a dieta foi passada por um profissional da saúde ou se a pessoa iniciou uma por vontade própria, é preciso ter uma boa rede de apoio, de acordo com a nutricionista e doutora em Psicobiologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP e professora da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), Maria Fernanda Laus. “O apoio familiar é essencial, pois, senão, o indivíduo pode vir a abandonar a dieta. Se os familiares não apoiarem e acompanharem a pessoa, há boas chances do indivíduo não conseguir manter o plano alimentar por muito tempo. Por isso, é essencial que todos os membros da família discutam de que maneira irão contribuir.” 

Maria Fernanda Laus – Foto: Arquivo pessoal

A professora também destaca que, apesar da rede de apoio ser necessária, o próprio indivíduo deve ter em mente motivações definidas em relação ao porquê estar fazendo a dieta. Ela comenta que, caso a pessoa tenha dado início à dieta por motivos estéticos, ao invés da preocupação com a saúde, a tendência é que o engajamento seja pequeno, levando-a a desistir.

“Quando a motivação de um determinado indivíduo são motivos estéticos, como aspiração por um ‘corpo ideal’ , já se espera que o período de dieta não dure tanto. Inclusive, é importante ressaltar que não se deve fazer dieta para atingir um ideal físico, pois, além de esse comportamento fazer parte de um imaginário criado pela mídia, a pessoa irá se frustrar continuamente, pois esse corpo é, para a maior parte da população, praticamente inatingível”, acrescenta Maria Fernanda.


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