Na coluna desta quinta-feira (16), José Eli da Veiga destaca como “histórico” o fato ocorrido na sexta-feira (10), nos EUA: a Monsanto foi condenada a pagar uma indenização de US$ 290 milhões ao jardineiro Dewayne Johnson, que adquiriu um câncer linfático após ter usado por anos um herbicida contendo glifosato. “O caso merece uma reflexão profunda”, ressalta o colunista.
Eli da Veiga destaca a publicação, em 2015, de uma monografia da Iarc – International Agency of Research on Cancer, da Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabeleceu que o glifosato era cancerígeno. “Dois anos depois, houve ainda o escândalo da Monsanto papers. Após uma decisão judicial, a empresa foi obrigada a revelar uma série de documentos internos”, lembra o colunista, ressaltando que ficou claro, à época, “que a empresa sabia da periculosidade e nunca admitiu isso”. Segundo José Eli da Veiga, ainda há cerca de 4 mil processos contra a Monsanto.
Eli da Veiga conta que, após esses acontecimentos, o lobby ficou “extremamente possante”, o que fez com que todas as agências encarregadas da segurança e da saúde dessem pareceres favoráveis. “Inclusive a União Europeia deu mais cinco anos de licença ao glifosato”, lamenta o colunista. “Nos EUA, há mais de 4 mil processos como esse do jardineiro”, estima o professor, ressaltando “que muitos destes processos terão ganho de causa”!
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