Dados da Ancine (Agência Nacional do Cinema), de 2018, mostram que, na última década, o número de salas de exibição aumentou. No Nordeste praticamente dobrou e, no Norte, triplicou, o que representa um salto de quase 181% desde 2009. A região Sudeste e as grandes metrópoles têm a maior concentração. Mas a pandemia fez com que essa e outras atividades culturais fossem paralisadas, uma vez que esses são locais fechados, propícios para a proliferação da covid-19.
Governo, Prefeitura e o Centro de Contingência do coronavírus de São Paulo buscam garantir toda a segurança para a liberação das atividades culturais quando a cidade entrar na Fase Verde. David Uip, médico infectologista pela Faculdade de Medicina da USP, ex-secretário da Saúde do Estado de São Paulo e atualmente reitor do Centro Universitário Saúde ABC, diz que “o Plano São Paulo foi muito bem estruturado e prevê as diversas formas de abertura, com os cuidados devidos, para espaços fechados como teatros e cinemas”. Ele também considera os cinemas ao ar livre oportunos neste momento em que “é preciso muita paciência”.
Entre as novas regras para o funcionamento dos cinemas estão: o uso de máscaras, distanciamento, sessões mais espaçadas e o uso de álcool gel. A venda dos ingressos pela internet ou máquinas de autoatendimento também é aprovada e vista como um meio seguro pelo médico David Uip. Os pisos deverão ter marcações para evitar aglomerações e será proibida a concentração de grupos com mais de seis pessoas. O álcool gel deverá estar à disposição dos usuários.