O Brasil pós-redemocratização apresenta histórico relativamente estável de uma postura do Estado favorável ao desenvolvimento do turismo. No entanto, o fato em si de a valorização existir não significa que as políticas públicas foram bem-sucedidas em seus propósitos.
“Desde o governo Collor há um aprofundamento na promoção e fomento à atividade de turismo no Brasil, mas não existem avaliações sistemáticas das próprias políticas que o Estado formula”, contou ao Jornal da USP no Ar a professora Rita de Cássia Ariza da Cruz, da Faculdade de Filosofia, Letras, e Ciências Humanas (FFLCH) da USP.
Ela chama a atenção, por exemplo, para a geração de empregos decorrentes da atividade turística. “O que isso significa qualitativamente? Que tipo de trabalho está sendo gerado? O turismo gera muitos postos de trabalho na informalidade, e os formais muitas vezes são bastante mal remunerados”, questiona.
Para a professora, é preciso discutir criticamente como o Estado vem promovendo o turismo e quais os resultados conquistados. Este é um dos focos do seminário A Economia Política do Turismo, promovido pelo Laboratório de Estudos Regionais em Geografia (Lergeo) do Departamento de Geografia da FFLCH. Mais informações podem ser obtidas através deste link.
Ouça a entrevista, na íntegra, no player acima.
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