Cientistas brasileiros e franceses confirmam eficiência do transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas – feito com células-tronco do próprio paciente – contra a esclerose sistêmica, doença autoimume crônica de causas ainda desconhecidas.
Nas enfermidades, células produzidas pela medula óssea e o timo (pequena glândula localizada no meio do peito) atacam o próprio organismo em vez de defendê-lo. E, no caso da esclerose sistêmica, que afeta tecidos da pele e de órgãos internos nobres, como coração e pulmão, os tratamentos existentes são ineficientes.
Uma equipe de pesquisadores do Centro de Terapia Celular da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e da francesa Sorbonne Paris Cité mostrou que o transplante autólogo consegue resetar o sistema imunológico doente e reiniciá-lo, como num computador ou smartphone, fazendo-o voltar à normalidade.
Os resultados da pesquisa, que acompanhou pacientes com mais de 15 anos de pós-transplante, foram publicados na edição de 17 de janeiro da revista Blood Advances, da Sociedade Americana de Hematologia.
A professora Maria Carolina de Oliveira Rodrigues, integrante brasileira da equipe, conta como fez o sistema imune desses doentes começar a produzir somente células saudáveis. Ouça no link acima.
Por Rita Stella