Assim como a política, mídias tradicionais também estão em xeque

Renato Janine discute o papel das redes sociais e da propaganda eleitoral de rádio e TV nas eleições de 2018

 29/08/2018 - Publicado há 6 anos

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Como ficam as eleições de 2018 neste momento em que as redes sociais, como Facebook e Twitter, e os comunicadores instantâneos, como WhatsApp, parecem ter mais relevância do que a propaganda política nas rádios e TVs? Este é o tema de hoje do colunista Renato Janine Ribeiro.

Sobre a propaganda de rádio e TV, Janine acredita que a lei eleitoral deveria ser reformulada para que nenhum candidato ao Executivo tivesse mais do que ⅓ ou ¼ do tempo. “Mais que isso é exagerado”, diz o professor. Outra questão é: qual será a influência dessa propaganda de rádio e TV nos resultados das eleições?

Já as redes sociais, como Facebook e Twitter, e comunicadores instantâneos, como WhatsApp, embora ainda tornem possível impulsionar as publicações, possuem menor dependência do grande capital investido na mídia. “É possível aos menores conseguirem mais espaço do que na TV e no rádio. Tanto no dia a dia como no período da campanha. Fica uma questão interessante: será que isso vai expandir? Não sabemos. Talvez saberemos somente no dia 8 de outubro ou depois, no segundo turno”, reflete. O docente lembra ainda que o WhatsApp é uma rede criptografada e não tem como interceptar as mensagens.

Para o colunista, essas questões somente têm sido colocadas como perguntas porque há um esvaziamento geral do valor da mídia. “A mídia está em xeque. E está em xeque da mesma forma que a política tradicional também está. Isso é bom? Isso é ruim? Tem gente que festeja. Eu me preocupo.”

Ouça, no link acima, a íntegra da coluna Ética e Política.


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