Às vésperas de mais uma eleição presidencial, nada mudou em relação ao cenário desenhado até aqui. Configura-se cada vez mais solidamente um segundo turno a ser disputado entre os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT). Na opinião do cientista político André Singer, parece pouco provável – a não ser que haja uma mudança radical dos números – que o pleito seja decidido ainda no primeiro turno. O colunista prevê um segundo turno muito disputado entre dois candidatos que se colocam em extremos opostos do espectro político.
Nesta quinta-feira (4), acontece o último debate televisivo entre os presidenciáveis, o que não deve ter grandes reflexos nesta reta final de campanha. A destacar, contudo, que essa campanha, segundo Singer, caracterizou-se por ser menos centrada na visibilidade dos candidatos do que naquilo que representam. “Dá a impressão de que nós estamos diante de uma eleição bastante atípica, em que os eleitores estão se orientando por posições um pouco mais decantadas, que não dependem tanto de uma ou outra intervenção pontual dos próprios candidatos”, conclui o colunista.