A América Latina, ao contrário do que se esperava, está superando bem os percalços, dos quais o advento Trump é o exemplo mais recente. Um observador da realidade da América Latina, citado pelo professor Gilson Schwartz, chama a atenção para o fato de que a região, mesmo depois da crise de 2008, não vem enfrentando situações de “morte súbita” em seu crescimento. Um exemplo é o caso brasileiro, em que a crise política e a recessão econômica não levaram a uma tragédia no setor externo, como costumava acontecer.
A verdade é que os fluxos de capital para a América Latina não foram interrompidos por um período muito longo. Os investidores estrangeiros continuaram a investir na região. Um dos motivos para isso, segundo Schwartz, é o de que a América Latina não embarcou em um processo de endividamento muito grande. Outro fator é o de que as taxas de juros mundiais caíram muito.