Afro-americana no seio de família real em nada altera preconceito racial

A opinião é do professor Ricardo Alexino Ferreira, para quem os negros se equivocam quando comemoram o casamento inter-racial

 29/05/2018 - Publicado há 6 anos

Logo da Rádio USP

O casamento inter-racial real não muda nada no processo de discriminações dos negros no Reino Unido e em outras partes do mundo. Ao contrário, camufla a história violenta, colonialista e escravocrata da Inglaterra, diz o professor Alexino Ferreira.
Ele desconstrói as argumentações positivas do casamento de Meghan Markle com o príncipe Harry. Para ele, os negros se equivocam quando comemoram o casamento real da mulher negra, que adentra a representação da supremacia branca. “Os negros perderam a oportunidade de criticar o sistema monárquico, pois foi através das monarquias que a escravidão floresceu. Reis, rainhas, príncipes e princesas foram mais moldes do mal, no mundo, do que do bem”, afirma. O professor também criticou o entusiasmo de mulheres, muitas delas feministas, que consideraram que Meghan é uma mulher revolucionária.


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.