No Supremo Tribunal Federal está ocorrendo o julgamento que envolve a delação da JBS. Em pauta, a distribuição da relatoria do caso para o ministro Edson Fachin e os termos do acordo dessa delação. Para o cientista político André Singer, o STF deve sustentar a posição do ministro Fachin, apoiando-o no sentido de que continue com a relatoria do caso, e mais, que as homologações da delação premiada não precisem passar pelo plenário.
“Claro que precisamos estar conscientes de que podem haver surpresas, como acabou ocorrendo no julgamento da chapa Dilma/Temer pelo TSE.” No entanto, uma posição que não seja favorável ao ministro Fachin poderia enfraquecer a Lava Jato, na opinião de Singer. Ele observa ainda que estão em jogo os procedimentos da Lava Jato, no que têm de bom e de ruim. Ainda no entender do colunista, nesse caso específico, a maioria do STF deve acompanhar o ministro Fachin. Consequentemente, os desdobramentos que envolvem a delação da JBS devem continuar assombrando o presidente Michel Temer, cuja posição continua extremamente delicada à frente do governo.