![Senado em sessão deliberativa extraordinária - Foto: Pedro França/Agência Senado](https://jornal.usp.br/wp-content/uploads/20161213_00_senado.jpg)
Dois acontecimentos recentes elevaram ainda mais a temperatura do já aquecido cenário político nacional. Em primeiro lugar, a decisão inicial do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, de afastar o senador Renan Calheiros da presidência do Senado Federal, impossibilitando-o de assumir cargos na linha sucessória do presidente Michel Temer, à qual se seguiu uma segunda decisão, esta do plenário do STF, que manteve a posição de retirar Calheiros da linha sucessória do presidente da República, mas o conservou à frente do Senado. O segundo episódio, igualmente polêmico, foi a divulgação, ainda que extraoficial, da delação premiada de um ex-executivo da Odebrecht, segundo a qual a maior parte dos partidos políticos – inclusive toda a base de sustentação do governo Temer – está comprometida com o recebimento de propinas e de recursos daquela construtora. O cientista político José Álvaro Moisés analisa as consequências políticas de ambos os eventos para a qualidade da democracia.