Há cinco décadas, no dia 20 de julho de 1969, o astronauta americano Neil Armstrong se tornou o primeiro homem a pisar na Lua. “Naquele momento, vivia-se a Guerra Fria, que opunha Estados e a então União Soviética, e a corrida espacial era uma vitrine para essa disputa”, lembra o professor Pedro Dallari em sua coluna desta semana, acrescentando que o primeiro homem a ir ao espaço foi um cosmonauta soviético, Iuri Gagarin, em 1961.
“Mas apesar da Guerra Fria, a chegada do homem à Lua não foi atribuída aos americanos, mas sim ao ser humano, caracterizado quando Armstrong profere sua famosa frase: ‘Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade’”, afirma Dallari. “Isso aconteceu porque, de acordo com um tratado assinado em 1967 por Estados Unidos, União Soviética e outros países, inclusive o Brasil, os astronautas enviados ao espaço cósmico não seriam de um país específico, mas sim representantes da humanidade.”
Assim, segundo Dallari, os 50 anos do homem na Lua se presta para celebrar a igualdade e a identidade entre toda a humanidade. “Também podemos celebrar nesta data a primazia dos direitos humanos como um elemento central da civilização”, afirma o colunista.
Ouça no player acima a íntegra da coluna Globalização e Cidadania.
Globalização e Cidadania
A coluna Globalização e Cidadania, com o professor Pedro Dallari, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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