
A coluna desta semana do professor Ciro Marcondes Filho trata da questão do cientificamente comprovado, que soa como um selo de garantia, um certificado de qualidade para determinado experimento, produto ou objeto, algo que todos aceitam como se fosse uma verdade incontestável. Em conversa com o radialista Mario Santi, o professor Ciro Marcondes afirma que a tutela do “cientificamente comprovado” pode ser bastante enganosa.
Ele levanta algumas indagações em relação a essa questão: comprovado cientificamente por quem, sob quais critérios, e atendendo a que objetivos ? Qualquer experimento científico, diz, deve levar em conta a pessoa ou equipe que o realiza, seus interesses e ideologias.
O colunista da Rádio USP afirma que a chancela do cientificamente comprovado nem sempre funciona, e cita a título de exemplo um episódio do século 19, época em que eram “vendidas” como pesquisas científicas as teorias de superioridade racial.
Nos tempos modernos, métodos como homeopatia e acupuntura, entre tantos outros tratamentos alternativos na área médica – de inegável eficácia -, ainda são combatidos em muitos lugares por associações médicas e laboratórios em nome de uma suposta comprovação científica.
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