O diário de Anita Malfatti (1889-1964), que estava desaparecido desde a década de 80, foi reencontrado neste mês no acervo do Instituto de Estudos Brasileiros (IEB) da USP. O documento estava na caixa 28 do arquivo do casal Emilie e Mário Chamie, doado ao instituto no ano passado, que ainda está sem catalogação. A descoberta foi feita pelo pesquisador Carlos Pires, que consultava aquele arquivo para elaborar um projeto de pós-doutorado. “Estamos muito contentes com essa novidade”, comemora a chefe do Serviço de Arquivo do IEB, Elisabete Marin Ribas.
A trajetória do diário é incerta. Sabe-se que ele estava em posse da ex-diretora do IEB Marta Rossetti, especialista na obra de Anita Malfatti, que morreu em 2007. Por algum motivo Marta emprestou o documento para Emilie Chamie, artista gráfica e pesquisadora da arte. Emilie morreu em 2000, sem ter tido tempo de devolver para Marta a raridade, que foi transferida para o IEB com o acervo da artista gráfica.
Trechos do diário de Anita foram publicados por Marta na biografia que a ex-diretora do IEB publicou em 1985 sobre a artista, com o título Anita Malfatti no tempo e no espaço. A maior parte do documento, porém, continua inédita.
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