ESG é só uma boa moda ou algo que veio para ficar? Os estudiosos divergem sobre a durabilidade do discurso empresarial conhecido por ESG, símbolo de tripla responsabilidade: ambiental, social e de governança. O alemão Frederik Dahlmann, especialista em estratégias de negócios da Universidade de Warwick (Inglaterra), acha que o ESG é passageiro, porque é “incompleto”. Por não corresponder às demandas de sustentabilidade global, ele acha que o acrônimo pode desaparecer e ser substituído por novo emblema, porque outras questões serão acrescentadas. Mas ressalta que seu significado deve ser mantido, pois será cada vez mais parte do ambiente de negócios e não menos.
O professor José Eli da Veiga diz que a melhor literatura técnica já disponível sobre o assunto mostra ser indissolúvel o binômio ESG-SDGs, no qual a sigla em inglês para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) aparece atada ao tripé operacional que mais vingou no âmbito corporativo. Então, o grande desafio vem da imensa amplitude dos 17 ODS, com suas 169 metas e 232 indicadores. Um nítido excesso de significados, que impõe regência muitíssimo mais complexa do que as sugeridas por singelas cartilhas de ESG.
O colunista recomenda um livro-chave para profissionais de negócios sustentáveis, estudantes de administração, executivos de corporações e formuladores de políticas públicas: Principles of Sustainable Business. Um calhamaço de 1.062 páginas, elaborado por Rob van Tulder e Eveline van Mil, e muito bem editado pela Routledge.
Mais informações podem ser obtidas com um clique em:
https://www.zeeli.pro.br/315-
Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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