Ausência de uma política habitacional é a causa das mortes em áreas de risco

Raquel Rolnik alerta que “as mortes poderiam ter sido evitadas através de uma política habitacional com uso de política fundiária, que absolutamente não existe nos âmbitos federal, estadual e municipal”

 03/02/2022 - Publicado há 2 anos
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As chuvas de verão voltam a atingir os menos favorecidos, aqueles que não têm condições de contratar moradias e acabam ocupando áreas de encostas das periferias das cidades, consequentemente sujeitas a deslizamentos e enchentes.

O fato é que os governos poderiam usar esses espaços de forma responsável, com um planejamento urbanístico, com investimentos, para que essas áreas pudessem ser ocupadas para moradias. A ausência de uma política fundiária deixa essas famílias condenadas à morte.

Cidades como Embu das Artes, Franco da Rocha, Francisco Morato, entre outras da Grande São Paulo, contabilizam seus mortos.

A professora Raquel Rolnik diz que é “necessário cuidado ao responsabilizar quem está nessas áreas suscetíveis a risco. A avaliação do risco deve ser avaliada com muito respeito e cuidado, caso a caso, a intervenção deve ser feita pelos municípios”, conclui a especialista.


Cidade para Todos
A coluna Cidade para Todos, com a professora Raquel Rolnik, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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