Pesquisa sobre exercício físico adaptado a portadores de Parkinson é premiada em evento

Pesquisadora da Escola de Educação Física e Esporte investigou os efeitos e a segurança para a prescrição de exercícios físicos a portadores da doença de Parkinson

 19/09/2016 - Publicado há 8 anos

Estudo da mestranda Tatiana Beline de Freitas, orientada pela docente Camila Torriani-Pasin, foi selecionado entre os quatro melhores trabalhos do Congresso Brasileiro de Fisioterapia Neurofuncional (Cobrafin). O evento aconteceu entre os dias 7 e 9 de setembro, em Recife (PE). O trabalho intitula-se Viabilidade, segurança e efetividade de uma intervenção em grupo na doença de Parkinson e o objetivo foi investigar os efeitos e a segurança para a prescrição de exercícios físicos a portadores da doença.

A intervenção investigada no estudo baseia-se na recente diretriz europeia, publicada em 2014, que propõe detalhadamente como deve ser a prescrição e a realização de exercícios físicos para pessoas com Parkinson em cada estágio da doença. O trabalho das pesquisadoras da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP é feito em parceria com o professor José Eduardo Pompeu, da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e a professora Flavia Doná, da Universidade Anhanguera.

Os dados coletados na pesquisa são referentes ao projeto de extensão Educação Física Adaptada para Pessoas com Comprometimento Neurológico: Reabilitação, também coordenado pela professora Camila Torriani-Pasin. Por meio do projeto, foram recrutados dez indivíduos com doença de Parkinson idiopática, isto é, de causa desconhecida. Com cada um deles foram realizadas 14 sessões de prescrição de exercícios com duração de uma hora cada, duas vezes por semana, durante sete semanas. O estudo continua em andamento para que um número maior de pacientes possa ser avaliado.

A partir dessas sessões, foi avaliada a aderência do paciente e os eventos adversos. O resultados foram verificados de acordo com medidas de equilíbrio (Mini Balance Evaluation Systems Test – MiniBESTest), de qualidade de vida (Parkinson’s Disease Questionnaire – PDQ-39) e de cognição (Montreal Cognitive Assessment – MoCA). As avaliações foram realizadas antes, logo após depois o término e um mês depois da intervenção.

Os dados parciais do trabalho permitiram concluir que inicialmente a intervenção baseada na diretriz europeia mostrou-se viável e segura para pessoas com doença de Parkinson, havendo boa aderência e sem efeitos adversos. Os resultaram apontam melhora no equilíbrio, cognição e qualidade de vida, porém seus efeitos precisam ser confirmados em uma amostra maior de sujeitos. A pesquisa foi selecionada entre mais de 400 trabalhos apresentados. O prêmio será a publicação em uma das melhores revistas da área, a Journal of Neurological Physical Therapy.

Mais informações: email comunicaeefe@usp.br


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