“Mais importante que a fotografia tirada é a ideia por trás dela”

Luli Radfahrer afirma ainda que a fotografia é uma ideia romântica de registrar o tempo efêmero

 04/12/2020 - Publicado há 4 anos

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Na coluna Datacracia desta semana, Luli Radfahrer comenta sobre fotografia, disciplina pela qual ele também é responsável na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP há mais de duas décadas, porém, de uma forma diferente, como ele próprio comenta. “A ‘pegada’ da disciplina é diferente, porém muito parecida com a deste programa”, explica.

Segundo ele, cursos e livros de fotografia possuem, em geral, um problema filosófico: são concentrados na máquina, na câmera, e não no olhar. “Temos de trabalhar a fotografia como uma composição poética, uma forma de administrar o pensamento, muito mais que um mecanismo”, afirma Radfahrer, referindo-se ao mecanismo da fotografia, que é a chamada câmara escura, existente desde os séculos 16 e 17.

Ele explica que o surgimento da fotografia, em meados de 1850, se dá com a industrialização e a urbanização. Nesse momento, foi percebido que a vida parecia correr mais rápido e, por isso, surge a necessidade de registrar o tempo passado. “A fotografia é uma ideia romântica, de um registro do tempo efêmero. E a ideia em que acredito é esta: muito mais importante que a fotografia tirada é a ideia por trás da fotografia”, completa.


Datacracia
A coluna Datacracia, com o professor Luli Radfahrer, vai ao ar quinzenalmente, sexta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP Jornal da USP e TV USP.

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