Blog

Na coluna Conflito e Diálogo desta semana, Marília Fiorillo discute a problemática das redes sociais com base no documentário O Dilema das Redes, lançado na Netflix recentemente. O filme tem a participação de ex-funcionários das principais empresas, os quais revelam os malefícios das redes sociais. Segundo a colunista, as plataformas digitais possuem alto efeito viciante, talvez até maior que o crack, e sejam mais difíceis de largar do que a heroína.

Marília informa que, no documentário, há a explicação detalhada de como as redes sociais causaram danos políticos, sociais, comportamentais e psicológicos, sendo os mais conhecidos a polarização política instigada pelo Facebook, Instagram e Twitter, que resultou na eleição de Donald Trump e no Brexit: “Também se falou das redes como espiões de nossos hábitos e emoções, captadores de tendências de consumo, banco de dados gratuito para anunciantes e manipuladoras de escolhas, através da tática de repetição de alguma causa ou produto”.

Para a colunista, o fato assustador revelado pelo documentário é que, além da capacidade de prever nossas ações, as redes sociais estão nos moldando: “[É] como se fossem semideuses que criam homens tortos à sua imagem deformada. Elas estão fazendo de nós perfeitos ratinhos de Pavlov, aqueles a quem se dá recompensa, likes, e punição, dislikes”.

A professora diz que, de acordo com o filme, uma geração inteira passará a viver somente através das redes sociais, por elas e para elas. “Das drogas, talvez as redes viciem até mais rápido do que o crack e sejam mais difíceis de largar do que a heroína. Prova disso, que não está no filme, é que a maioria dos CEOs de Silicon Valley, na hora de matricular os próprios filhos, escolhem escolas tradicionais, onde não entra nem laptop nem celular”, finaliza.

Ouça coluna na íntegra pelo player acima.

.