As últimas semanas correspondem ao período em que o governo do presidente Bolsonaro sofreu severas críticas, principalmente de instituições do mercado financeiro. Desde a sua posse ele tem sido criticado por tomar medidas que afrouxaram a fiscalização do meio ambiente. As críticas ao País ameaçam acordos entre o Mercosul e a União Europeia.
Depois de bancos e fundos internacionais se pronunciarem, agora foi a vez de ex-ministros da Fazenda e ex-presidentes do Banco Central abordarem o mesmo tema. No último dia 14 de julho esse conjunto de ex-autoridades foi muito duro na crítica às políticas que o governo tem mantido para a retomada da economia brasileira. Mas seu principal foco foi chamar a atenção para como é importante, nesse contexto, as políticas ligadas à área ambiental. Apesar disso tudo, em uma das raras manifestações públicas feitas por Bolsonaro na última semana, ele afirmou que irá manter no seu cargo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foco de muitas críticas, e também o general Eduardo Pazuello, como ministro interino da Saúde.
O professor Álvaro Moisés diz que “é curioso que essas duas áreas, que são extremamente importantes, revelam não apenas uma debilidade do governo; em realidade, uma ingovernabilidade, uma incapacidade do governo de definir políticas claras, estratégicas para não apenas enfrentar a pandemia que está levando a quase 80 mil mortes no País, mas também problemas relacionados ao meio ambiente e ao desmatamento”.
Qualidade da Democracia
A coluna A Qualidade da Democracia, com o professor José Álvaro Moisés, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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