Não se pode ignorar a realidade das mudanças climáticas

A alteração dos regimes de chuva é responsável pelo cenário caótico que São Paulo viveu na semana passada e que ainda deve trazer consequências, prevê Saldiva

 17/02/2020 - Publicado há 4 anos

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As chuvas intensas, que tanto estragos causaram na cidade, na semana passada, são o tema desta semana da coluna Saúde e Meio Ambiente. A cidade parou, mas outras consequências ainda estão por vir, diz o professor Paulo Saldiva, na opinião de quem “teremos sem dúvida uma carga de doenças prevista para daqui a algum tempo”, principalmente moléstias infecciosas, como leptospirose e hepatite. As mudanças climáticas e a alteração dos regimes de chuva faz com que fiquemos cada vez mais dependentes dos nossos reservatórios e da necessidade de buscar água limpa cada vez mais longe, “dado que é necessário um percurso maior do fluxo das águas para que exista uma depuração natural dos agentes infecciosos e da sujeira acumulada nos bueiros e no esgoto clandestino que é lançado nos rios e reservatórios”.

Por outro lado, quando não chove nos dias de calor extremo e de baixa umidade relativa, as ilhas de calor que surgem como consequência sempre aumentam o risco de mortalidade. “É como se São Paulo e as grandes metrópoles do Sudeste fossem um laboratório natural para experimentarmos as consequências da falta de um planejamento e de redução das emissões de gás de efeito estufa”, avalia o colunista. O que não se pode negar, contudo, é o fato de as mudanças climáticas estarem ocorrendo numa velocidade mais intensa, “tornando incapaz e inadequadas as manobras de adaptação e resiliência”. Por tudo que foi exposto, devemos lembrar que a ciência é necessária para minimizar os impactos que ocorrerão e que já estão ocorrendo em nossas cidades.

Acompanhe, pelo link acima, a íntegra da coluna.


Saúde e Meio Ambiente
A coluna Saúde e Meio Ambiente, com o professor Paulo Saldiva, vai ao ar toda segunda-feira às 8h, quinzenalmente, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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