Pela primeira vez, na história da humanidade, haverá a redução da exigência energética. Segundo previsão da DNV GL, empresa de consultoria energética norueguesa, no ano de 2033 haverá o pico da demanda primária por energia em todo o mundo. O professor José Eli da Veiga diz que isso acontecerá por conta do aumento da eficiência energética resultante da generalização da eletrificação, principalmente no setor de transporte. “Haverá o que chamamos de transição energética, que quer dizer o abandono gradual das fontes energéticas fósseis em favor de outras, como a eólica e a solar”, descreve.
O horizonte, segundo Eli da Veiga, é significativo, porque não se deve esquecer da Agenda 2030, que foi adotada em 2015 por todos os países do mundo. Se o pico da demanda por energia for alcançado em 2033, significa uma esperança de que o ODS 13 (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da agenda, que se refere às mudanças climáticas, seja atingido. Mesmo que a agenda não se cumpra exatamente em 2030, Eli da Veiga considera que houve avanços nas negociações internacionais nos compromissos a respeito da descarbonização. “A última mudança significativa foi o acordo de Paris, também de 2015, porque ele mudou um pouco a péssima orientação do Protocolo de Kyoto”, destaca o colunista.
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Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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