Renomado pelo seu trabalho na área de cardiologia, o médico Roberto Kalil Filho, professor de Cardiologia do Departamento de Cardiopneumologia da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), lança seu canal no YouTube para conscientizar o público sobre cuidados com a saúde cardiovascular e bem-estar geral. O canal terá conteúdo semanal sobre saúde, bem-estar e qualidade de vida. Tudo de uma maneira simples, didática e com informações seguras.
Além de lecionar aulas na Universidade, Kalil é diretor da Divisão de Cardiologia Clínica e presidente do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas (HC). Agora, em seu canal, o especialista quer divulgar as informações corretas da área da medicina sobre prevenção de doenças relacionadas ao coração. Segundo ele, muitas pessoas conhecem formas de manter uma boa saúde, mas não as realizam de forma alguma. “No nosso país, o clima é muito agradável, mas 50% das pessoas são sedentárias. O exercício físico é o grande elixir da vida: reduz o número de doenças, melhora a hipertensão, melhora o diabete. Se sabe que tem que fazer exercícios, mas quantos fazem?”
A saúde do coração tem como principal inimigo o infarto do miocárdio, por conta de aspectos genéticos. Contudo, outros fatores de risco que o provocam podem ser colesterol alto, hipertensão arterial, diabete e tabagismo, que podem ser prevenidos com a prática de exercícios físicos. O cardiologista atenta para a indispensável ida ao médico ao menor sinal de infarto: “Seja dor no peito, seja qualquer outra coisa diferente, procure atendimento médico. Porque no infarto, quanto mais rápido você chegar no serviço de emergência, as chances de sobrevida são muito maiores”. E na ida ao médico nessa situação, a direção deve ser evitada para não colocar em risco a saúde de outras pessoas, uma vez que o indivíduo pode ter alguma complicação no volante. De preferência, peça o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Este foi um dos temas de um vídeo no canal. Em caso de suspeita de infarto iminente, recomenda-se, depois de acionar o serviço de emergência, que o indivíduo mastigue 300 miligramas de ácido acetilsalicílico para que diminua o risco do evento até a chegada do atendimento médico.
É preciso se atentar às formas de prevenção no pós-infarto, com medicamentos e tratamentos. “O pós-infartado vive de forma normal. Claro que depende da sequela que ficou no músculo do coração. Mas, na esmagadora maioria, se tem uma vida normal. Tem que fazer exercício, tem que fazer a prevenção. As pessoas, muitas vezes, infartam, tomam aquele susto por alguns meses e voltam a não fazer prevenção”, complementa o presidente do InCor.