Em sua coluna desta semana, o professor Renato Janine Ribeiro chama a atenção para a facilidade com que se faz uma classificação de perfis de pessoas, a partir dos perfis existentes nas redes sociais, especialmente no Facebook. Ele cita, como exemplo, o ocorrido na Faculdade de Direito da USP, onde membros do Centro Acadêmico 11 de Agosto fizeram um mapa ideológico das opiniões políticas, musicais e até religiosas dos calouros daquela instituição. Não satisfeitos, colocaram apelidos – muitos deles pejorativos – nesses alunos, o que é, na opinião do colunista, absolutamente inaceitável, uma vez que denota preconceito por parte das pessoas que elaboraram a lista.
Janine Ribeiro lamenta que coisas como essa estejam sendo feitas o tempo todo, até mesmo em escala industrial, como ocorreu com a Cambridge Analytica, que teve um papel importante na eleição de Donald Trump para a Presidência dos EUA, a partir de perfis de dezenas de milhões de usuários do Facebook. Seja em escala industrial – como no caso da Cambridge Analytica -, seja em escala mais doméstica – como ocorreu na Faculdade de Direito – , o estrago foi feito. “É o mesmo sistema e, infelizmente, nós temos que nos acostumar que isso está na ordem do dia, talvez não tenha reversão, mas nós devemos cobrar de quem faz essas redes sociais […] certos parâmetros éticos que não estão sendo respeitados”.
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