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Os campi da USP nas cidades de São Paulo, Ribeirão Preto, São Carlos, Piracicaba, Bauru, Pirassununga, Lorena e Santos estão em festa. Nesta segunda-feira, 5 de fevereiro, começou a matrícula dos estudantes aprovados via Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Os convocados ainda têm terça e quarta-feira, 6 e 7 de fevereiro, para se matricularem. Os horários, endereço das unidades e documentos necessários podem ser acessados no site da Pró-Reitoria de Graduação da USP e no edital Sisu-USP.
Quem foi aprovado no vestibular da Fuvest também tem que realizar a matrícula, que ocorre em duas etapas. A primeira é on-line e começou nesta segunda-feira e termina às 15h59 desta terça-feira, 6 de fevereiro, no site www.fuvest.com.br. A segunda etapa é presencial, nos dias 15 e 16 de fevereiro, quando o candidato aprovado deve comparecer ao Serviço de Graduação da unidade (escola, faculdade ou instituto) responsável pelo curso. Todos os detalhes sobre os locais de matrículas, documentos e chamadas estão na Seção Matrículas do Manual do Candidato.
Do total de 8.402 vagas oferecidas pela Fuvest este ano, 1.088 serão reservadas para candidatos que cursaram integralmente o ensino médio em escolas públicas (EP) e, dessas, 745 serão destinadas a estudantes autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI).
A reserva de vagas foi aprovada pelo Conselho Universitário da USP em julho do ano passado. Para o ingresso de 2018, estão reservadas 37% das vagas de cada unidade de ensino e pesquisa para candidatos egressos de escolas públicas. Nesse porcentual incide reserva de vagas para candidatos PPI equivalente à proporção desses grupos no Estado de São Paulo, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Essa reserva considera, conjuntamente, os dois processos de seleção da Universidade: o vestibular Fuvest e o Sisu, no qual são oferecidas vagas para candidatos participantes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em 2018, a USP disponibiliza 11.147 vagas em seus cursos de graduação. Para seleção do Sisu, foram destinadas 2.745 vagas, distribuídas em três modalidades: 423 para ampla concorrência; 1.312 para estudantes EP; e 1.010 para EP/PPI.
O Jornal da USP acompanhou o primeiro dia de matrícula do Sisu no campus Cidade Universitária, em São Paulo, e conheceu algumas histórias dos novos alunos da Universidade.
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Cauê Costa, de 22 anos, é o próximo matemático do IME
Apesar da pouca idade, Cauê já passou por outras duas faculdades ー a Universidade Federal do ABC (UFABC) e a própria USP, mas na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). Embora tenha experiência com a vida de calouro, se mostrou um pouco tímido e disse que o que mais quer fazer agora que passou no Instituto de Matemática e Estatística (IME) é estudar cálculo: “Senti falta de exatas. No ano passado, na Geografia na FFLCH, não consegui ter tanto contato”.
Ingressante PPI, ele aprova o Sisu e o entende como uma alternativa inclusiva à Fuvest. Acredita que o processo dá oportunidade àqueles que já passaram pelo tradicional vestibular e não querem prestá-lo novamente, assim quem não pode fazer a prova por morar em outros estados, por exemplo.
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Lorena Marrane, de 17 anos, veio pela História, mas quer o pacote todo
Moradora de Taboão da Serra, a futura historiadora da FFLCH chegou à USP com um gigante sorriso e uma bela recepção. Contou que está muito animada e que enxerga a USP como mais do que um local para se estudar. “Eu quero tudo que a USP pode me oferecer”, diz Lorena. “Fiquei sabendo que a FFLCH tem uma bateria, a Manda Chuva, e eu adoraria entrar, mesmo sem saber tocar nada”, conta entre risos.
Também ingressante PPI, Lorena foi aprovada diretamente do ensino médio e conta que não fez cursinho pré-vestibular ao longo do ano, e só recorreu à preparação deles em dezembro, na revisão para a segunda fase da Fuvest.
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Alisson Peixoto, de 17 anos, aprendeu a ler com animais e hoje começa a estudá-los
Com dois irmãos estudantes de Engenharia, Alisson escolheu a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP, e foi o único da família a optar pela área de biológicas. Ele conta, inclusive, que aprendeu a ler com os animais: “Quando eu era mais novo, com uns três anos, minha mãe começou a me ensinar a ler com um livro de zoologia que meu pai trouxe para casa”. Desde então, os animais se tornaram sua paixão.
Da inscrição até o dia do resultado, Alisson lembra que estava aflito. “Eu comecei em segundo, e fui caindo para quarto, quinto, não sabia se conseguiria.” No dia da aprovação, ele foi acordado pelo pai em lágrimas para comemorar.
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