Cerca de 35,9 mil vagas de emprego formais foram criadas no último mês de julho, segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho. Trata-se do quarto mês consecutivo com aumento no número de trabalhos com carteira assinada.
Apesar desse crescimento, Paulo Feldmann avalia que se trata de uma variação episódica e não um sinal contundente de melhora real do mercado de trabalho. O professor associado da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP enfatiza que falta ao governo uma política eficiente de geração de empregos.

Feldmann ressalta que o País não encontra recursos internos para investir, por exemplo, em infraestrutura, o que poderia criar muitas vagas de trabalho. Portanto, o professor chama a atenção para a importância de se atrair capitais externos, principalmente da China e dos Estados Unidos.
Outro problema considerado pelo especialista é a falta de competição entre os bancos. Feldmann percebe um oligopólio bancário, que prejudica a população na medida em que não há um incentivo ao crédito para as famílias, apesar das baixas na taxa de juros básica.
Feldmann resume que o problema da geração de empregos no Brasil passa pela insuficiente intervenção do governo na economia, e alerta que no próximo ano o mercado mundial voltará a crescer, porém o País não estará preparado isso.
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