Metais de terras raras representam um mercado de nicho

O Instituto de Pesquisas Tecnológicas desenvolve técnicas para explorar as reservas brasileiras

 20/07/2017 - Publicado há 7 anos     Atualizado: 21/07/2017 as 13:43

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Os metais de terras raras ganharam notoriedade após a descoberta de grandes reservas no Brasil. Ele compõem um grupo de 17 elementos químicos, dos quais 15 são da família dos lantanídeos na tabela periódica. O professor associado da Escola Politécnica da USP e presidente do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Fernando Landgraf, conta que em 2010, a US Geological Survey publicou um ranking de países relativo às reservas de terras raras, no qual o Brasil figurava em primeiro lugar. Apesar dos números terem depois se revelado superestimados, foi o suficiente para chamar atenção a estes minerais no país, explica o pesquisador.

Pedra do metal Neomídio – Foto: Wikimedia Commons

Landgraf destaca que a importância econômica desses elementos vem crescendo com o desenvolvimento tecnológico. O professor cita como exemplo o neodímio, que é utilizado para fabricar superimãs, usados em discos rígidos de computadores, em geradores eólicos e em motores de carros elétricos. O maior desafio para o Brasil é conseguir captar uma fatia do mercado externo, dominado pela China, explica o professor. Ele enfatiza que é preciso investimentos em toda a cadeia produtiva, lembrando que a Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM) contratou o IPT para fazer uma parte do desenvolvimento de tecnologias para produzir os metais, usando recursos da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Fernando Landgraf ressalta ainda que se trata de um mercado de nicho, cujo os valores internacionalmente são da ordem, apenas, de cinco  bilhões de dólares, ou seja, é economicamente estratégico, mas não poderia, por exemplo, quitar a dívida externa brasileira.

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